– A volumetria da antiga serração em pleno Centro Histórico de Oeiras serviu como ponto de partida de toda a intervenção. Pretendia-se preservar o seu volume, simples com cobertura de duas águas perfeitamente integrado no imaginário urbano da Rua dos Lusíadas.
O volume original ocupava a totalidade do lote. De forma a ser possível tornar a construção existente habitável foi necessário recorrer a um conjunto de pátios interiores. Para além de permitirem assegurar uma relação constante entre interior/ exterior, oferecem vivências diversas e complexas, sempre com as muralhas periféricas originais como pano de fundo. Pontualmente, a muralha assume-se também como matéria, revelando a sua composição em alvenaria de pedra.
Toda a área programática se desenvolve ao nível térreo onde a área social principal de duplo pé-direito se assume como o coração de toda a proposta. Aqui, o tecto revela as duas águas da construção original conferindo-lhe uma atmosfera própria que se vai transformando ao longo dia através da relação que estabelece com os pátios e vão na cobertura. A relação desta área com o pátio a nascente permite que este se assuma como um prolongamento do espaço interior.
No piso superior é proposto um terceiro pátio junto a uma área de trabalho. Tendo conta a orientação solar da moradia, oferece à área social principal iluminação natural de poente filtrada por um ripado na fachada exterior.
Pretende-se que as fachadas preservem a linearidade e composição da volumetria original. Os alçados assumem por isso a geometria da construção original. Respeitam a sua herança industrial e são encerrados, privilegiando uma relação entre os espaços interiores e os pátios. A utilização de ripados e vãos generosos controlam as relações visuais
com o exterior, recriando enquadramentos com os limites da construção original.
A relação entre a escala da envolvente a volumetria original conduzem a uma proposta que aparentemente se encerra sobre si mesma no interior das paredes periféricas pré existentes. Contudo, os 3 pátios interiores oferecem uma relação constante entre interior e exterior, em espaços com uma atmosfera própria, intimista, privilegiando o habitar.
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Projecto
Localização
Oeiras, Portugal
Arquitectura
Equipa
André Caetano e Ana Fiúza
Engenharia
Hugo Marques
Construtor
Prisma Contínuo
Fotografia
Drone
Moviedrone
Área
220 m2
Ano de Conclusão
2020
Lista de fabricantes
1 – RMC – Merrazzo nas Instalações Sanitárias
2 – AB Mármores – Valverde nos tampos da cozinha e Lioz na fachada exterior 3 – Sanindusa – Equipamentos Sanitários
4 – W2007 – Torneiras das Instalações Sanitárias
5 – Microcrete – Pavimentos em microcimento
6 – Termofoc – Lareira
7 – Normo – Iluminação interior
8 – Velux – vão de cobertura
9 – Cortizo – Caixilharia
10 – Recer – Revestimento Instalações Sanitárias
11 – Tupai – Ferragens portas
12 – Leds C4 – Iluminação interior e exterior
13 – Efapel – Equipamentos Eléctricos
14 – Viefe – puxador cozinha
15 – Armindo Cardeira Mobiliário por Medida – Carpintarias
16 – Smeg – torneira e cuba da cozinha
17 – Eglo – iluminação exterior
19 – Mantra Lighting – iluminação interior
20 – Prisma Contínuo – Construtor
