Funicular da Graça

O FUNICULAR
Numa lógica de continuidade tipológica a solução mecânica do funicular estabelece a ligação à colina da Graça.
As colinas de Lisboa têm tradição de mecanismos de transporte de pessoas, na sua maioria eléctricos como sejam alguns elevadores, verticais e oblíquos e mais recentemente escadas rolantes como é o caso que liga a rua Garrett ao Largo do Carmo.
A referência tipológica deste funicular foi em muitos aspectos o elevador da Bica que, em muitos aspectos, respondeu às perguntas por nós colocadas a este equipamento.
Na cota mais baixa, e dando continuidade à fachada da Rua dos Lagares, um edifício abre uma grande porta à rua. Esta porta pública permite a ligação entre a rua e o funicular através de um edifício “gare” onde é guardado o equipamento quando está parado e receciona os viajantes antes de fazerem o percurso.
O funicular tem apenas dois pontos de paragem para garantir a fluidez pretendida. Um ponto à cota mais baixa o da Rua dos Lagares e outro à cota mais alta, a cota de encontro com o fim da Calçada da Graça. Esta cota está ligeiramente abaixo da cota do miradouro o que permite que o funicular pare na rua como o elevador da Bica antes de começar a descer.

SEQUÊNCIA ESPACIAL
À cota mais baixa, na Rua dos Lagares, um pequeno edifício “gare” desenha a continuidade da fachada da rua e liga, através de um espaço de pé direito duplo, o circuito do funicular à rua.
O edifício guarda o mecanismo e cria uma “porta” para a Graça.
A cabine do funicular é desenhada a partir de um eixo que divide a cabine opaca, onde se encontram as duas portas, uma de emergência e uma para o público. A outra, a parte que é transparente, coloca o olhar do passageiro virado para o interior da Cerca do Convento ao longo de todo o trajeto que é alinhado com esta.
O interior da cerca está agora a ser transformado em jardim público.
A primeira parte do trajeto é colada à cerca e percorre o novo jardim em contínua subida de cota.
Depois o funicular entra num pequeno túnel em curva que atravessa o miradouro ao encontro da cota de ligação com a Calçada da Graça.
O funicular aparece na rua virando as “costas” ao muro de contenção do miradouro, abrindo-se para o Jardim Augusto Gil e ao rio que se descobre no horizonte da Calçada da Graça.

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FICHA TÉCNICA

Projeto
Funicular da Graça

Localização
Lisboa, Portugal

Arquitetura
Atelier Bugio

Fotografia
Alexander Bogorodskiy

Área
163,40 m2

Ano
2024

 

FOTOGRAFADO POR
PDFS
Galeria
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