Pé no Monte Fase II

A proposta para a ampliação do Pé no Monte, um Turismo Rural em Odemira, consiste na construção de oito unidades de alojamento, uma piscina e um restaurante para utilização dos hóspedes.

O projecto procura articular as novas construções com as construções existentes e integrar o conjunto com a paisagem natural.

 

Restaurante

A zona do restaurante funciona como charneira de ligação entre os diversos espaços do empreendimento, entre o novo e o existente, assumindo-se
como o centro de todo o conjunto.

Este espaço central é delimitado por um volume linear branco, por uma piscina e por uma rampa. Sobre este espaço nasce uma grande cobertura plana sob a qual insere-se o restaurante.

A cobertura, um quadrado com cerca de 200m2, proporciona um espaço coberto versátil e livre de obstáculos.

A estrutura da cobertura em madeira lamelada colada sustentada por pilares recuados, juntamente com as fachadas envidraçadas, torna o edifício mais leve, dando a sensação de que a cobertura levita sobre a zona pavimentada.

O volume linear delimita o espaço a Sul e, contemporaneamente, oculta as entradas secundárias, a rampa de acesso à da garagem e o estacionamento. Neste volume encontram-se todas as zonas de serviço e de apoio ao restaurante e piscina, tais como a cozinha, a copa, as instalações sanitárias, os arrumos, as escadas de acesso à garagem, etc.

No piso inferior localiza-se o estacionamento coberto para veículos e bicicletas e todas as áreas técnicas.

 

Unidades de Alojamento

As unidades de alojamento desenvolvem-se em sequência alternada de cheios e vazios interligados por uma estrutura reticular, formada por 72 quadrados de 3x3m, que unifica o conjunto. A sua implantação segue as cotas naturais do terreno e converge para a zona da entrada do empreendimento, onde se localiza a zona de receção.

Neste sistema linear, os vazios desempenham funções distintas tais como espaços de entrada, espaços de estar e espaços verdes. As entradas localizam-se a Norte enquanto os espaços de estar localizam-se a Sul, com vista para o jardim e piscina. As zonas verdes inserem-se pontualmente no sistema para assegurar privacidade dos hóspedes.

Os elementos de sombreamento exercem um papel fundamental, quer na caracterização e definição do edifício quer no conforto e eficiência energética.

As novas unidades de alojamento figuram os cheios, os volumes. Todas as unidades permitem um atravessamento transversal através de grandes vãos entre os espaços das entradas e os espaços de estar.

A simplicidade dos materiais manteve-se nesta fase de ampliação. O reboco branco das paredes, o caniço do sombreamento e o betão afagado dos pavimentos, são os materiais predominantes na arquitetura do edifício.