Teatro Vivo . Conceito .
Arquitetura a partir de elementos sinestésicos, luz e sombra, texturas, cores e formas.
O pré existente, a estrutura, abrigo de intervenções flexíveis e autênticas.
Etéreo, os espaços experimentais incitam a criação, a arte e o movimento.
A virtuosidade do conceito disruptivo sintetiza o Teatro Vivo.
Design de interiores
Localizado no edifício corporativo da Vivo em São Paulo, o projeto foi concebido a partir de elementos materiais e imateriais, a fim de criar um conceito inovador e autêntico aos frequentadores do espaço. O desafio se deu na criação de um teatro-conceito onde buscamos valorizar a construção a partir das estruturas preexistentes, que foram deixadas em evidência para proporcionar o novo por meio dos revestimentos, cores, texturas e da iluminação.
Ao adentrar no foyer, a circulação é dividida entre aqueles que, à noite, vão ao recinto assistir a uma peça, quanto aos funcionários e suas tarefas cotidianas de trabalho. Para posicionar esta distinção, de forma fluida, evidenciamos a luminotécnica conferida ao ambiente, que performa como a imaterialidade que demarca as espacialidades. A malha ortogonal e rígida do forro, também se projeta no piso, revelando as lâmpadas de led alocadas nas juntas da paginação, e que podem exibir luzes neutras ou mudar para o mesmo púrpura da marca, para ocasiões especiais de espetáculo.
O espaço acomoda os usos pré-estabelecidos do foyer e se apresenta como um ambiente plural, podendo ser adaptado às necessidades que eventualmente apareçam, dado seu conceito cênico, marcado pela singularidade e flexibilidade.
Ainda no foyer, o único elemento construído é o central, onde fica a bilheteria – ao redor, é o jogo de luz que desenha o ambiente. Apesar de físico, o bloco da bilheteria também brinca com a materialidade, ao passo em que as placas espelhadas que o revestem, de nitidez difusa, desconstroem os limites do que é palpável.
Pronunciando para dentro do foyer, o volume do teatro foi revestido com uma costumeira cortina de veludo – outro elemento cênico bastante conhecido – para justamente conferir essa referência mais clássica.
O teatro em si se divide em dois universos: acima, placas acústicas em uma releitura das câmaras anecóicas, historicamente utilizadas para diversos fins, restabelece seu uso como isolante sonoro, e explora seu potencial gráfico e estético na sala de espetáculos. A autenticidade da composição revela a extensa pesquisa em torno de técnicas acústicas, munida do design, visto na virtuosidade gráfica das salas de espetáculo – e assim como elas e como a iluminação especial, os 272 assentos e o carpete importado, ganham o tom púrpura-Vivo. A parte inferior do ambiente é envelopada em madeira de modo a refletir o som e conferir sensação de conforto aos espectadores. Além da ampliação do espaço, com depósitos de cenários e maior número de camarins, o novo projeto compreende também o investimento em acessibilidade e tecnologia, para que o teatro possa comportar em uma mesma semana mais de uma peça diferente.
Nossas soluções para o Teatro Vivo, demonstram como arte e técnica se encontram, e como a arquitetura dada pode se transformar a partir de elementos efêmeros e cênicos. E de forma estratégica, fortalecemos a identidade da marca, projetamos sua voz arquitetônica e restabelecemos diálogos harmoniosos entre o material e o imaterial.
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Projeto
Teatro Vivo
Localização
São Paulo, SP, Brasil
Atelier
Architects Office/Triptyque
Autoria
Greg Bousquet / Triptyque
Sócio responsável
Greg Bousquet
Diretor geral
Luiz Trindade
Diretor de criação
Felipe Alves
Coordenador técnico
Rodrigo Poli
Equipe
Priscilla Mansor (Coordenadora)
Beatriz Almeida (Coordenadora de conceito)
Anna Rossi (Desenvolvimento de criação)
Felipe Alves (Desenvolvimento de criação)
Raphaell Valença (Arquiteto Senior)
Maria Eugenia (Arquiteto Senio)
Juliana Carvalho (Arquiteto Senior)
Priscila Pasquarelli (Arquiteta Pleno)
Gabriel de Moura Correa (Arquiteto Junior)
Thiago Buccier (Coordenador Arte Visual – 3d)
Renata Garcia (Arquiteta Pleno)
Marcelo Fava (Arquiteto Pleno)
Eduardo Henrique de Souza (Coordenador de Desenvolvimento)
Rodrigo Poli (Coordenador de Desenvolvimento)
Thammy Cervi (Arquiteto Sênior)
Barbara Haline (Arquiteto Senior)
Isabel Motta (Arquiteto Pleno)
Jessica Passos (Arquiteto Pleno)
Construtora
Lock Engenharia
Fotografias
Ricardo Bassetti
Área construída
~1.735 m²
Ano de início do projeto
2017
Ano da conclusão da obra
2020