Obras de Siza Vieira ficam fora da lista do Património Mundial da UNESCO

Categorias: Arquitetura

O comité do Património Mundial da UNESCO rejeitou a candidatura de um conjunto de oito obras do arquiteto Álvaro Siza Vieira para serem classificadas como Património da Humanidade da UNESCO. Portugal criticou a decisão e pediu uma nova avaliação ao Comité.

Apreciação da candidatura com oito obras do arquitecto foi adiada. Comité do património da humanidade precisa de mais tempo para fazer uma “revisão mais aprofundada” da proposta portuguesa.

O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu deixar fora da lista deste ano a candidatura de um conjunto de oito obras projectadas pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira.

A decisão foi conhecida sábado, em Paris, depois de o comité ter decidido adiar a análise da candidatura do arquitecto português, o que significa que não será incluída na lista do património mundial deste ano.

À EFE, fontes da UNESCO explicaram que o comité adiou a análise do dossier que propõe a classificação porque precisa de tempo para que seja feita uma “revisão mais aprofundada” da proposta de Portugal.

“São necessários mais estudos e mais trabalho de campo, o que poderá até levar Portugal a apresentar uma nova candidatura”, explicaram as mesmas fontes à agência espanhola.

Na documentação preparatória da reunião que teve como objectivo analisar a candidatura portuguesa, surgia já a recomendação de revisão para decisão posterior, tal como acabou por acontecer.

A candidatura intitulada “Obras de Arquitectura de Álvaro Siza em Portugal” faz parte da lista indicativa do Património Mundial de Portugal desde 2016, com uma relação de 18 projectos, tendo sido, entretanto, reduzida a oito.

Os oito projectos são o edifício da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, a Piscina das Marés, a Casa de Chá da Boa Nova, o Museu de Serralves, o Pavilhão de Portugal em Lisboa, o Bairro da Bouça, a Igreja do Marco de Canaveses e a Casa Alves Costa em Caminha.

O Comité do Património Mundial da UNESCO está reunido em Paris desde 6 de Julho, com encontros marcados até dia 16, para analisar e votar candidaturas que vão dos Camarões à Austrália.

A Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural foi adoptada pela UNESCO em 1972 e tem por objectivo “proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excepcional”, como se lê na página da Comissão Nacional da UNESCO.

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