CASA COSTA – Valongo

HABITAÇÃO JOSÉ COSTA E SANDRA SILVA

 

 

As intenções do projeto partem das condicionantes das regras do loteamento, testando, mais que uma nova imagem, uma negação de desenho e da sua casa tipo. Este “não-desenho” tem como “à priori” a configuração da volumetria da casa tipo, nas suas cérceas, densidades e distinção entre pisos. O motivo formal da proposta é assim suportado na densidade máxima do perímetro volumétrico dado (8,5m x 13m) e enfatiza a sua liberdade de expressão apenas permitida no piso da cobertura desde que recuado 3m.

   É proposto assim um volume de caracter “anti gravítico”, numa imagem de peso por cima de “leveza”. Efetivamente a relação linguística e espacial da caixa fechada em betão aparente do piso1, corresponde às áreas privadas dos quartos, assenta em cima da base aberta em vidro e metal das áreas públicas e abertas à paisagem. Esta ideia de transparência no r/c, a prolongar-se para o exterior em varanda baseia-se uma configuração formal moderna de suspensão do volume que simultaneamente define por debaixo dele um acesso de entrada como uma “promenade arquitetural” coberto.

   A proposta de implantação neste lote de declive acentuado, através de dois acessos, um de nível com a rua e uma rampa de acesso automóvel que acompanha o declive natural, evidenciam respetivamente o piso de entrada como uma varanda, bem como a existência da caixa semi-enterreda da área polivalente de contacto com o jardim.

   A organização dada ao programa é clássica com um piso central em salas formais de estar e de jantar e no piso superior, os quartos. A espacialidade interna enfatiza as escadas como

 

objeto centralizador da composição e organizador de circuitos não contínuos enquanto valores autónomos de percurso de inversão e rotação por outros espaços. A regra base está no desenho dos quartos em suites (com banho), todos iguais, mas cuja exceptualidade está no seu posicionamento formal diferenciado.

   Expressão, materialidade e pormenores conferem a neutralidade da lógica construtiva como uniformidade material do edifício, em betão aparente no exterior e rebocado no interior e a negação do detalhe enfatizado nas escadas internas em lâminas de madeira suspensas da parede.

   Valores perenes encontram-se no equilíbrio entre conforto e sustentabilidade, pela introdução de pequenos dispositivos arquitetónicos como:

   – Espaço de solário no recuado, com banho e áreas de apoio a aproveitar a energia solar;

   – A introdução de um pátio no piso da cave para iluminação, ventilação natural e serviços de apoio exterior, da área correspondente ao programa polivalente;

   – A execução de plataformas intermédias a tornar o declive do terreno habitável permitindo a construção de alpendre, garagem, arrumação de veículos e equipamentos de jardim.

JOSÉ COSTA AND SANDRA SILVA HOUSE

 

   The intentions of the project depart from the constraints of the rules set to the joint lot plan, testing, more than a new image, a denial of its house-type design. This “non drawing” has as “a priori” the configuration of the volumetry of the house type, in its height,densities and distinction between floors. The formal reason of the proposal is supported in the maximum density of the given volumetry perimeter (8.5m x 13m) and emphasizes its freedom of expression only allowed on the top roof floor if retracted 3m.

   We proposed an “anti-gravitational” volume character, an overweight image on top of “lightness”. Effectively the linguistic and spatial relationship of the enclosed concrete box of the first floor corresponds to the private areas of the rooms that rests on top of the open base in glass and metal of the public areas open to the landscape. This idea of transparency of the ground floor extending outside as a balcony is based on the modern formal configuration of a volume suspension which

   The implementation proposal of this lot with a steep slope, through two accesses, one leveled with the street and another, an ramp of automobile access that goes along the natural slope, evidence, respectively, the entrance floor as a balcony, as well as, the existence of the semi-box located in the multipurpose area of contact with the garden.

The organization given to the program is classic, the central floor with formal living and dining rooms and the upper floor with the sleeping rooms. The internal spatiality emphasizes the stairs as the main object of the composition and organizer of non-continuous circuits with autonomous values of inversion and rotation paths through other spaces.

The basic rule is the design of the rooms, suites with bathrooms, all equal in its geometry, however exceptional in its several different formal positions.

Expression, materiality, and detail confer neutrality to the constructive logic this uniformity of the building, as the outside apparent concrete and inside white plastered as well as the detail denial emphasized on the internal wooden slabs stairs suspended from the wall.

Perennial values are found in the balance between comfort and sustainability, by the introduction of small architectural devices such as:

– The rear top floor solarium space, with a bath and ludic support areas that take advantage of solar energy;

– The introduction of a patio in the basement floor for lighting, natural ventilation and outdoor services support, an area corresponding to the multipurpose program.

-The implementation of intermediate platforms to turn the land slope inhabitable allowing the construction of a porch, garage, storage of vehicles and garden equipments.

 

 

FICHA TÉCNICA

Edifício: Casa Costa e Silva

 

Localização: Valongo, Quinta da Lousa LA 11

 

Cliente: José Costa e Sandra Silva

 

 

Arquitectura: Edite Rosa & Joaquim Almeida

 

Colaboradores: Sandra Correia, Susana Campos e Raquel Baptista

 

 

Engenharia: GTR

 

Projecto: 2010

 

Construção: 2012

 

Área: 420m2

 

 

Copyright desenhos: Edite Rosa & Joaquim Almeida

 

Copyright imagens: Edite Rosa & Joaquim Almeida

 

Galeria
projetos RELACIONADOS
PUBLICIDADE