PPA h o u s e
– O terreno de intervenção tem uma área de 931,00 m2 em situação de gaveto, com frente em curva e ângulo apertado. A topografia, cerca de 1,0 m acima dos níveis de referência de rua, acompanha a pendentes das vias que confinam o terreno, no sentido do cruzamento.
Trata-se de uma zona urbana em processo de definição, onde predomina a ruralidade com presenças urbanas dispersas. A paisagem não suscita preocupações específicas. É eclética, fraturada e dispersa. A parcela enquadra-se em loteamento. O pedido é um projeto de moradia unifamiliar, com três quartos e estacionamento coberto. A inquietação principal é a exposição à devassa pública, tendo em conta a relação entre a extensão da frente de rua e a geometria e área do lote.
A habitação ocupa uma área de 357.70 m2 e desenvolve-se num único piso. A implantação é um polígono irregular definido por faces paralelas aos alinhamentos das vias públicas. No centro do polígono recorta-se um pátio de forma quadrangular.
O programa do edifício divide-se em três zonas: Zona social exposta ao gaveto, a sul-poente; Zona de quartos, delimita o norte e abre-se ao pátio, lado nascente; Estacionamento coberto, resguarda a frente sul e abre-se a poente. Os espaços privilegiados de estar e de serviço da casa conformam-se em volta do pátio central de apoio à atividade doméstica, abrigados da intempérie por uma galeria exterior coberta. A área social é constituída por sala de estar e sala de jantar, em continuo com a cozinha e com espaço para pequeno-almoço. Os armários de cozinha, à altura de 2,1m, filtram parcialmente o espaço comum e o acesso à despensa e lavandaria.
A ala privada da casa é composta por dois quartos que partilham uma casa de banho e um quarto com zona de vestir e quarto de banho privado. O estacionamento é um espaço coberto com pela cozinha, através de vestíbulo.
A estratégia de composição fundamenta-se na sustentabilidade como princípio ético. Desde logo a sustentabilidade económica e do ciclo de vida da construção. É uma resposta à ação do tempo cronológico que desgasta a arquitetura; ao tempo meteorológico; ao tempo da eficácia, da eficiência energética, da certificação, da segurança, da ecologia e da inclusão. Procura por isso uma arquitetura passiva e esquelética, sem concessões formais ou artifícios construtivos. As paredes e as lajes estruturais expõem a sua natureza, o betão. As restantes paredes são por economia de alvearia revestidas a gesso.
As fachadas são revestidas com ETICS. Os tetos são de gesso cartonado, ocultam as redes de infraestruturas da casa, por razões de economia e acessibilidade. O aquecimento é integral e integrado no pavimento.
Os pavimentos exteriores são de calçadas da matéria que emerge do solo, o granito. Os muros da casa são envolvidos por elementos naturais que revestem e anulam a presença visual dos muros. A vegetação é parte da estratégia de inserção paisagística recorrendo às espécies mais endémicas do território em que se insere.
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Projeto
P P A h o u s e
Localização
Trofa, Porto, Portugal
Tipo de Projeto
Habitação unifamiliar
Arquitetura
NOARQ – José Carlos Nunes De Oliveira
Colaboradores
Sruthy Lakkimsetty, Gloria Herranz, Giulia Furlotti, Beatriz Gapo
Construtor
1ª fase Sara Bitossi
2ª fase Gaia Ferraris
Especialidades
Estruturas_Eng. João Maria Sobreira
Hidráulica_Eng. Raquel Fernandes
Electricidade, Telecomunicações e Segurança_Eng. Alexandre Martins – GPIC
AVAC_Eng. Nuno Miranda
Empreiteiros
AC Maias
Fotografia
João Morgado
Área de intervenção
384 m²
Ano
2018-2023